00:00 - 00:03 | A cobra foi localizada, ontem, nesta localização e viva. |
00:04 - 00:05 | Como estava viva, decidimos rodear o réptil, |
00:05 - 00:07 | começando a ofensiva por baixo. |
00:08 - 00:12 | Queriamos rodear, gradualmente e utilizar uma rede de pesca |
00:12 - 00:15 | para a neutralizarmos sem sermos cuspidos impiedosamente |
00:17 - 00:19 | Façam o que tiverem a fazer |
00:19 - 00:21 | e quero-a, ainda hoje, à noitinha |
00:24 - 00:26 | Meu Führer, ela... |
00:27 - 00:28 | ela... |
00:31 - 00:33 | ela começou a cuspir e nós apanhamos um cagaço do caraças! |
00:34 - 00:36 | Ela parecia uma vívora! |
00:53 - 00:58 | Todos os cretinos, cornudos, escroques e chulos vão para a puta que vos pariu! |
01:13 - 01:15 | Ela não é uma vívora! |
01:15 - 01:17 | É uma cobra e não uma vívora! |
01:18 - 01:23 | Cospe um bocado e vocês fogem logo como ratos do esgoto! |
01:25 - 01:28 | Puta que pariu a minha sorte! |
01:29 - 01:31 | Vocês assustaram-se com ela! |
01:31 - 01:34 | Assustaram-se porque ela fez SSS SSS |
01:34 - 01:37 | Nem sequer cuspiu na tua testa como a mim, |
01:37 - 01:40 | que me deixou com uma bisga na testa! |
01:40 - 01:42 | Meu Führer ela parece abrir a boca para cuspir! |
01:42 - 01:46 | Tretas! A cobra tinha a boca bem fechada! |
01:46 - 01:48 | Meu Führer ela fez o som do escarro! |
01:48 - 01:52 | E tu cagaste-te todo sem papel por perto, foda-se! |
01:53 - 01:54 | Tu Borraste-te todo! |
01:56 - 01:57 | E os teus camaradas sentiram o cheiro |
01:57 - 02:00 | da cobardice que tu emanavas, |
02:00 - 02:03 | vindo das tuas entranhas, como fazes na retrete! |
02:04 - 02:08 | E a cobra, mais uma vez, fugiu e anda para aí, doida, |
02:08 - 02:13 | livre para cuspir em qualquer um que lhe apareça à frente, só porque quer cuspir nas pessoas! |
02:14 - 02:16 | É assim tão difícil de entender |
02:17 - 02:21 | que o que ela quer é bisgar-me, outra vez, bem no meio da minha pobre testa?! |
02:27 - 02:29 | Eu beijei-a mais que uma vez. |
02:30 - 02:34 | E amei-a! Eu amei-a com todo o coração |
02:34 - 02:36 | Até arrancava a roupa toda! |
02:41 - 02:42 | Mas a cabra... |
02:43 - 02:47 | A cabra, a grande cabra que não é cabra mas sim uma cobra |
02:48 - 02:53 | Usou-me e depois deitou-me fora como se eu fosse lixo |
02:54 - 02:56 | E andei eu para aí a sofrer, |
02:56 - 02:59 | Como um cão doido de cio a sofrer! |
03:00 - 03:02 | E tudo por causa dessa grande puta! |
03:04 - 03:07 | Calma Be, o Xico já chega... |
03:14 - 03:16 | Ainda hoje penso na cobra |
03:19 - 03:23 | E em como teria sido se as coisas tivessem resultado entre nós |
03:25 - 03:26 | Iriamos casar, |
03:31 - 03:33 | ter filhos e netos |
03:40 - 03:46 | Mas aquele hábito dela, de estar sempre a cuspir e em toda a parte, |
03:46 - 03:49 | chateou-me e levou ao fim da nossa relação |
03:53 - 03:56 | Vão-se todos embora |